O ano de 2010 deve acabar sem que o governo tenha negociado com as centrais sindicais o aumento real para o salário mínimo e para as aposentadorias, como estava prometido. Os reajustes têm de ser decididos até o final do ano, para entrar em vigor no dia 1.º de janeiro de 2011. Eles deverão ser fixados unilateralmente pelo governo por meio de Medida Provisória (MP). O governo defende um mínimo de R$ 540 e um reajuste de 5,5% para as aposentadorias.
"Estão nos enrolando", afirmou o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho. "Estão empurrando com a barriga", concordou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
Diante da falta de diálogo, o Congresso decidiu reservar R$ 6,6 bilhões do Orçamento de 2011, suficiente para elevar o mínimo a R$ 560 e reajustar as aposentadorias em 7,5%. O representante do governo na Comissão Mista do Orçamento, deputado Gilmar Machado (PT-MG) disse que o dinheiro será reservado, mas não "carimbado" para pagar os aumentos. Ou seja, não há garantia que os reajustes serão dados. O acordo foi fechado porque Paulinho ameaçava obstruir a votação do projeto de lei do Orçamento, marcado para hoje.
O sindicalista acredita que Lula poderá fixar um salário mínimo um pouco maior do que os R$ 540, provavelmente R$ 550.
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